E a chuva molhou meus sonhos
Hoje cedo, o dia começou com uma chuva fina que parecia arrastar os sonhos. Meu sonho foi arrastado. Na janela, os pingos anunciavam o aniversário de Lívia. Lá fora, na rua, o chão ficou carregado de poesia. Aqui dentro, no meu quarto, eu escrevi poemas. Meu dia começou assim, entre uma gota e outra, entre um verso e outro. É que quando chove, eu lembro de tanta coisa... Os meus sonhos mais parecem a abertura de um baú empoeirado, que fica dentro de um quarto escuro, onde a gente só entra pra matar saudades.
E a chuva me faz lembrar que já amei, então eu amo mais uma vez. E de novo, de novo. Mais uma vez eu sonho acordado enquanto chove. Mais uma vez eu deixo os meus sonhos serem arrastados pelo vento. De novo, eu escrevo poemas pra depois deixá-los lá fora, na rua, pra chuva molhar, pro passarinho mais bonito levar. Depois eu fecho a janela, tranco as portas e vou dormir de novo.
E tenho dito,
Carvão.
2 Comentários:
Pois acabei de falar a uma amiga que os dias chuvosos são muito saudosos!
Lindo o texto... Tais só na produção, hein?!
Oi, cara, boa crônica. gostei. abraços!
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