segunda-feira, outubro 09, 2006

Também não escrevo mais poemas, não pelo mesmo motivo que levou Rosa à estação brilhante de não precisar mais fazê-lo. Eu preciso, mas não consigo. É como se meu filho não mais quisesse me chamar de pai, é como se a flor se rendesse ao corte mais profundo da partida. Escrever poemas nunca foi um refúgio, mas um sintoma de que algo em mim precisava explodir. Talvez eu não tenha mais nada pra explodir, ou talvez
nem possa mais explodir(o que torna o tormento muito mais grave). Daí me pergunto mais uma vez : pra onde foi a poesia? Em que lugar de mim ou de outro ser eu me vejo perdido? Será que "eu não moro mais em mim"(como diria Adriana Calcanhotto)? Tenho a mania de viver em outros corpos, como um espírito perdido em meio às abstrações da (in)existência, mas ...enfim...isso é outra estória(estória mesmo kkkk, o povo sempre me corrige: Tiago, não é estória , é história. Mas é estória mesmo, eu juro!)
Talvez eu precise ver o mar.

1 Comentários:

Às 6:00 PM , Anonymous Anônimo disse...

Meu amigoooooooooo... imagine se vc estivesse escrevendo poemas... qual o problema deste? a métrica? rsssssssssss!!!!!

... acho melhor eu nem dar piti... e é coisa de artista...moooooooooointo complexo!

um abraço!

 

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