sexta-feira, julho 06, 2007


Uma pausa para um café

Eu e Rosa vamos sentar para um café, nos abraçaremos bem forte, mataremos a saudade e discutiremos sobre o futuro do blog. Enquanto isso, eu vou escrevendo e guardando na gaveta do canto esquerdo do meu armário um monte de textos. Devo voltar cheio de novidades pra contar. Ah, fééérias! Coisa boa :)
Bom, é isso. A gente volta. Abraços!


E tenho dito,

Carvão.

quarta-feira, julho 04, 2007

E aí, então, ele voltou a escrever poemas


É pra te alcançar,
Tentar te entender,
Te proteger,
Não, te proteger não,
Porque te conheci no risco,
E assim te quero,
No risco do dia,
Do instante,
O risco de ser,
Tão clara, tão doce,
Que até doeu,
Bateu, ficou,
Não quer mais largar,
É que até o sentimento que carregas é livre,
É tão solto, tão sem necessidade de proteção,
Que nem eu, que sou tão vulnerável, consigo me prender a ti.

E tenho dito,

Carvão.




Limpezas da alma



A limpeza tinha de ser feita dentro de si, por isso não adiantava tirar a poeira dos móveis, forrar a cama, arrumar os livros, pintar as quatro paredes do quarto. A reforma precisava ser do peito pra fora. Por isso, ele guardara todas as vassouras, escondia atrás da porta, de alguma porta, não importa qual. Por isso, ele fechava bem os olhos na tentativa de guardar tudo o que um dia lhe fizera feliz. E abrindo os olhos, ele jogava fora, no vento, deixando a chuva levar pra longe, todas as lembranças ruins, os gritos calados, o choro abafado, o abraço partido, a saudade sufocante. Ele queria, precisava muito, ser feliz! Queria poder, como sempre sonhou, oferecer mais abraços, mais sorrisos, mais candura. Mas pra isso, como já descoberto, ele precisava fazer uma faxina geral em si mesmo, pra um dia, quem sabe, transformar-se na pessoa tão inesquecível que ele sonhara ser.



E tenho dito,

Carvão.