domingo, abril 29, 2007

dos abraços não dados


Ele era do tipo que quando chegava em casa escrevia sobre os abraços que não havia dado. É que ele achava que abraçar era a forma mais fácil de encostar uma alma na outra. Hoje, ele encontra nos poemas o mesmo gosto que nunca encontrou nos abraços não dados.


E tenho dito,

Carvão.

sexta-feira, abril 27, 2007

Ele acreditava em sonhos, por isso fechava bem os olhos pra sonhar acordado. Um dia, pensando que sonhava, beijou a tua mão. Não, não era sonho, era a realidade transfigurada em poesia, ao avesso do encontro casual, assim, como quem se apaixona.


E tenho dito,

Carvão.

quarta-feira, abril 25, 2007

Ele adorava abraços, adorava mesmo. Tanto que quando não havia a quem abraçar, ele abraçava as paredes do seu quarto. Através do abraço, ele transmitia tanto carinho e paz, que as paredes do seu quarto, que não eram pintadas há décadas, estavam sempre lindas, amarelas, da cor do sol.

E tenho dito,

Carvão.

segunda-feira, abril 23, 2007

das cartas que recebo


Quando eu recebo cartas de amigos, mas não posso lhes dar um abraço de agradecimento, eu junto toda a minha coleção de sorrisos e mando pra todos eles através do passarinho mais bonito que pousar no meu ombro.


E tenho dito,

Carvão.

sexta-feira, abril 20, 2007

Eu fui encontrar Cristo. Tenho tanta vontade de falar com ele, tanta vontade de tocar em suas vestes. Eu acho que eu volto, mas carregado por pássaros, que anunciarão o meu renascimento, assim, completamente.


E tenho dito,

Carvão.


Sobre Gabi

Ao seu redor, as borboletas voam como quem avisa que a leveza vai chegar
Os pássaros pousam nos postes cantando a liberdade que ela carrega nos olhos
Nesses olhos que tanto têm a dizer
Ninguém sabe definir
Ninguém sabe limitar
Quando ela sorri, a lua fica cheia
As ruas ficam mais largas pra que sempre caiba mais um pra desmaiar em versos diante do seu sorriso
Ela é assim, como nem sim nem não
Como nem sol nem lua
Ela cria seu próprio tempo e espaço
E inventa piada diante do perigo
Ela é a maturidade em seu melhor estágio
E a pureza que nunca vai se acabar
Então, as borboletas anunciam felizes da vida que Gabi está chegando, pra que os poetas se inspirem e escrevam os mais belos poemas.

E tenho dito,

Carvão.

quarta-feira, abril 18, 2007

Olga


Foi como uma anestesia: nem alegria, nem raiva, nem riso, nem choro...
Nem mesmo os sonhos, que surgem naturalmente com a noite....NADA!
.
.
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Mas, aos poucos, o efeito anestésico diluia-se: uma lágrima!
Então sinto uma voz feminina, mansa, maternal, que me fala "calma minha criança, estou aqui".



por Camila Guima(Guimarães), com a autorização da própria, evidentemente.


Nem tenho dito,
quem diz é ela.

terça-feira, abril 17, 2007

Sobre o sol

Quando eu acordo, olho pra janela e dou bom dia ao sol. A gente se entende assim: eu lhe dou bom dia, e ele ilumina a minha vida.


E tenho dito,

Carvão.




Você é tão legal, tão assim sem explicação. Mas eu gosto de você assim mesmo, sem definições. Eu quero mesmo é lhe definir através dos abraços que lhe dou. Os seus abraços falam tanto, pra mim, falam tudo. Um dia, eu vou olhar em teus olhos e vou dizer:
- O seu abraço já sabe o meu nome.

E tenho dito,
Carvão.

segunda-feira, abril 16, 2007

Hoje cedo, um passarinho visitou a minha janela. Eu acho que foi Deus que o mandou pra saber como eu estava. O passarinho deve ter voado e dito a Deus:
- Ele estava dormindo com os olhos bem fechados, que era pra não deixar escapar o sonho, e estava com um sorriso enorme no rosto. Devia estar sonhando com a sua avó lhe fazendo um cafuné.

É esperto esse passarinho...


E tenho dito,

Carvão.

Elas são tão lindas


Dentro do ônibus, no caminho de casa, as pessoas me pareciam tão cansadas... E eu queria tanto juntar a minha coleção de abraços e entregar a todas. Ou então, colocar nas mãos de cada uma um pedacinho de um poema, o mais bonito. Mas como sou tímido, tão tímido, eu chego em casa e escrevo sobre elas.


E tenho dito,

Carvão.





Quando tu me abraças, eu sinto mil borboletas dançando no meu peito como se estivessem querendo sair de mim e te abraçar também. O teu abraço tem dessas coisas, acorda até as borboletas.

E tenho dito,

Carvão.

Sobre os pombos

Quando o sol começa a bocejar, os pombos invadem as ruas numa dança frenética pela liberdade. Enquanto a gente sonha, os pombos visitam a nossa janela. Acho que todo mundo tem um pombo-da-guarda.


E tenho dito,

Carvão.

domingo, abril 15, 2007


por falar em saudade

Eu queria ter asas pra voar até o maior jardim do universo e trazer pra ti as mais lindas flores.

E tenho dito,

Carvão.

por falar do teu olhar

Que ao dormir, eu sonhe com os teus olhos mergulhando nos meus. É que teus olhos, dos quais não sei a cor, me fazem acordar com uma vontade enorme de encostar meu coração no teu.

E tenho dito,

Carvão.

segunda-feira, abril 09, 2007

Camila Guimarães, ou Camila Guima - como desejar - escreveu um texto achando que era loucura, besteira.
Loucura é. Se não fosse, eu não colocaria aqui. Mas besteira...jamais!
É poesia, mirmã, é poesia!

janeiro.... início
fevereiro.... carnaval
março...mulher
abril... páscoa
maio... noivas
junho... junho......
(diferente? nunca foi!)
julho... férias
agosto... ventos...
.
.
.
janeiro... início (?)

( da própria)

E tenho dito( através de Camila),

Carvão.