segunda-feira, outubro 23, 2006

Hoje eu estou tendo uma das piores noites da minha vida. São quatro horas da manhã, mas é como se o mundo tivesse parado ali, no exato momento da reflexão...

Vocês gostam de música?
Que bom.
Queria mostrar à Kelly Key essa música, pra ela saber ,de fato, o que é aliteração:


A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoado céu
Pode ser côco derramando

(Marisa Monte / Carlinhos Brown)

A linda moça de seios fartos(artificialmente) falou que seu "sucesso" Baba(é esse mesmo o título? vocês sabem de qual música estou falando? deveriam saber) é repleta de aliteração!


Você não acreditou,
Você nem bem olhou
Disse que eu era muito nova pra você
Mas, agora que cresci
Você quer me namorar

Você não acreditou,
Você se quer ligou
Disse que eu era muito nova pra você
Mas, agora que cresci
Você quer me namorar

Não vou acreditar
Nesse falso amor
Que só quer me iludir, me enganar
Isso é caô

E pra não dizer que eu sou ruim
Vou deixar você me olhar
Só olhar, só olhar,

Baba Baby Baba
Olha o que perdeu
Baba
A Criança cresceu
Então bem feito pra você é
Agora eu sou mais eu
Isso é pra você aprender
Nunca mais me esnobar
Baba Baby, Baby Baba Baba

Baby Baba BabaBaby Baba Baba Baby Baba Baba Baby Baba Baba Baby Baba Baba Baby Baba Baba Baby

( da Própria)

Só rindo mesmo, né?!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

E tenho dito,

Carvão.

segunda-feira, outubro 16, 2006


Eu vim até aqui para escrever, mas sabe o que me aconteceu? Desisti. Amanhã eu volto e escrevo, ou não.

E tenho dito,
Carvão.

terça-feira, outubro 10, 2006


Páginas


Estava assistindo à novela das oito, Páginas da Vida, de Manoel Carlos. Não gosto muito dos clichês das produções teledramatúrgicas da Globo, mas devo admitir que nutro uma forte admiração por Manoel Carlos, que pra mim é um grande cronista dos sentimentos humanos. É muito mais do que um simples autor de enredos medíocres, que de tão medíocres agradam metade(digo metade pra ser bonzinho) da população brasileira. Aguinaldo Silva me dá nos nervos com suas personagens pseudo-pseudos; Gilberto Braga e sua burguesia vazia...e por aí vai uma lista de autores banais ultrapassando qualquer entendimento. Mas Manoel Carlos constrói suas personagens respeitando os limites do ser humano, ele não constrói auto-suficientes, mas pessoas que poderíamos encontrar em qualquer esquina - pessoas reais. Tem gente que diz que suas novelas são sempre iguais, que suas personagens são as mesmas, mas quem é que já viu, em outras novelas, cenas em que a mocinha vai ao supermercado comprar desinfetante pra empregada(que nem sempre usa uniforme, e é tratada como gente) limpar a casa? São detalhes, mas suficientes pra saber que se trata de uma novela que vale a atenção que lhe é dada. Vai me chamar de noveleiro? Chama, chama! O que não vale à pena ver é a direção de Jaime Monjardim( ele foi feito pra dirigir novela de Glória Perez, não de Manoel Carlos). Vixi, por que ele não filma o mar, como sempre fez Ricardo Waddington? Hein?

E tenho dito,

Carvão.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Também não escrevo mais poemas, não pelo mesmo motivo que levou Rosa à estação brilhante de não precisar mais fazê-lo. Eu preciso, mas não consigo. É como se meu filho não mais quisesse me chamar de pai, é como se a flor se rendesse ao corte mais profundo da partida. Escrever poemas nunca foi um refúgio, mas um sintoma de que algo em mim precisava explodir. Talvez eu não tenha mais nada pra explodir, ou talvez
nem possa mais explodir(o que torna o tormento muito mais grave). Daí me pergunto mais uma vez : pra onde foi a poesia? Em que lugar de mim ou de outro ser eu me vejo perdido? Será que "eu não moro mais em mim"(como diria Adriana Calcanhotto)? Tenho a mania de viver em outros corpos, como um espírito perdido em meio às abstrações da (in)existência, mas ...enfim...isso é outra estória(estória mesmo kkkk, o povo sempre me corrige: Tiago, não é estória , é história. Mas é estória mesmo, eu juro!)
Talvez eu precise ver o mar.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Só mais uma declaração de amor.

Dizem que o amor é onipresente.
Utilizam metáforas com jardins e borboletas.
Borboletas no estômago e jardins floridos, algo assim.
Eu, hoje, declaro que minhas borboletas não vieram até a mim só porque meu jardim era florido. Meus amores vieram até a mim sempre que eu quis que eles viessem. Mas não só por isso, claro. Eu sempre fui atrás deles também.
Não adianta só cuidar do seu jardim...
Sempre que eu quis, mesmo inconscientemente, eu ia atrás.
Digo inconscientemente porque minhas histórias foram assim. Minha história é assim.

Escrevi, a muito tempo, um poema sobre meu inconsciente, meu destino, meu sentimento pelo moço que hoje é meu companheiro e amor. Antes de nós namorarmos, dele reparar no meu jardim ou nas minhas estrelas, antes de eu descobrir realmente quem eu era. Perdi esse poema entre as mudanças da vida, uma pena. Mas ele acabou revelando o que eu não conseguia ver.


Hoje eu não escrevo mais poemas. Talvez porque onde eu moro não dê para ver o céu.

Mas eu sou feliz no amor. De todas as formas. Isso contrubui bastante para o colorido das minhas flores.






Xêro, da Rosa